O Roberto cantou, a garota se iludiu. O céu estrelado e a música no rádio pintaram o amor num belo quadro. O tempo passou, mas ele não sorriu! Ela então se escondeu num quarto breu sem o amor pelo qual ela se encantou.
Aí ela descobriu que existem os poetas, os cantores, os amantes e os pintores que mentem, iludem, infundem, calculam, mandam e inspiram as mensagens. E assim o coração de garota pula, acredita, vai em frente, tem fé, mas se quebra.
O amor que ela sentiu se transforma na fotografia velha que trás a tristeza do tempo passado. A ex garota, que agora é moça, e brevemente será mulher, sofrendo cresce, amadurece, enobrece e floresce. E a música romântica do Roberto, a poesia emocionante do Drummond, a pintura envaidecida do Casemiro dão vazão para as novas palavras do Caio Fernando dizendo que “porque eu, só por ter tido carinho, pensei que amar é fácil.” e ela no novo tempo aprende com o Cazuza que apesar de tudo, “o tempo não pára, não pára, não, não pára.”
Samile Rúbia